Bem-aventurada Helena de Údine | 23 de Abril
Helena Valentini (Údine, 1396 - 23 de abril de 1458) casou-se ainda muito jovem com Antônio Cavalcanti, de quem teve três filhos e três filhas. Em setembro de 1441, faleceu-lhe o marido por causa de uma doença contraída enquanto desempenhava uma embaixada de sua cidade em Veneza. Desejando servir unicamente a Deus, e tendo providenciado o que se fazia necessário à vida dos filhos, Helena entrou na Ordem como agostiniana secular. Entregou-se às obras de misericórdia com sua ação e seus bens. Antes e depois da oração, dedicava grande tempo à leitura. O Evangelho era sua leitura preferida. Amava a Ordem de coração. Dando exemplo aos demais, obedecia ao Prior provincial e aos outros superiores. Suportou pacientemente uma dolorosa enfermidade nos três últimos anos de sua vida.
Suas relíquias conservam-se na igreja catedral de Údine. Grande foi a sua fama de intercessora em ocasiões milagrosas. O Bem-aventurado Pio IX confirmou-lhe o culto em 1848. O espírito de penitência, a humildade, a devoção à Paixão do Senhor, o amor à Eucaristia e o espírito de serviço ao próximo marcaram sua vida.
Oração:
Pai, que concedestes à Beata Helena a graça de reconhecer e venerar o Cristo nos pobres e nos que sofrem neste mundo, ouvi suas orações por nós, para que sirvamos humildemente a nossos irmãos necessitados com amor incansável. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Conversão de Nosso Pai Santo Agostinho, bispo e doutor da Igreja | 24 de Abril
“Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova!” (Conf. X,27,38). Com esse clamor de seu coração, Santo Agostinho manifesta seu lamento por ter perdido tantos anos da vida. A conversão foi, para ele, o encontro definitivo com a verdade, depois de um longo vagar pelo mar da dúvida, das dificuldades e da agitação do espírito. Convertendo-se, Agostinho encontrou-se a si mesmo e a alegria de viver, encontrou a medida do amor no abraço misericordioso do Pai e encontrou a Igreja, qual mãe de salvação e modelo de vida.
Na Vigília Pascal de 387, na noite entre 24 e 25 de abril, Agostinho, seu filho Adeodato e seu amigo Alipio foram batizados em Milão pelo bispo Santo Ambrósio: “Fomos batizados, e desapareceu qualquer preocupação quanto à vida passada” (Conf. IX,6,14).
Oração:
Deus, luz perene e pastor eterno, que chamastes a Agostinho dos caminhos do erro para vosso serviço, concedei-nos honrar sua conversão imitando seu exemplo e fortalecendo nossa fé com sua doutrina. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Nossa Senhora Mãe do Bom Conselho | 26 de Abril
Maria Santíssima é honrada, com razão, sob o título de Mãe do Bom Conselho: pois é Mãe de Cristo, o “Conselheiro admirável” (Is 9,5); viveu guiada pelo “Espírito do Conselho”; e aderiu totalmente ao eterno Conselho de recapitular todas as coisas em Cristo (cfr. Ef 1,10). Venerando a Mãe do Bom Conselho, desejamos implorar de Deus o dom do conselho, “para fazer-nos conhecer o que a Deus agrada e para dirigir-nos em nossos trabalhos”.
É um dos títulos marianos mais venerados pela família agostiniana, cuja tradição narra a aparição milagrosa de uma imagem de Maria sobre a parede lateral da Igreja agostiniana de Genazzano, na Itália, no dia 25 de abril do ano 1467. A grande afluência de fiéis em peregrinação difundiu seu culto por toda a região. Leão XIII elevou o santuário a Basílica Menor o dia 7 de março de 1903, e o dia 22 de abril, do mesmo ano, acrescentou à ladainha do santo rosário a invocação de Mãe do Bom Conselho.
Oração:
Senhor, vós sabeis que os pensamentos dos homens são inseguros e frágeis; por Maria, na qual se encarnou vosso Filho, enviai-nos o dom de vosso conselho, que nos leve a conhecer o que é de vosso agrado e nos dirija em nossos trabalhos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.