Bem-aventurado João de Rieti, religioso | 2 de Agosto
O Bem-aventurado João (Porchiano di Amelia, Terni, por volta de 1299 – Rieti, 1316) constitui exemplo de santidade adquirida em pouco tempo e durante a idade juvenil. Com efeito, morreria aos dezessete anos de idade, recém professo, no convento de Rieti.
Tal como o descreve Jordão de Saxônia no célebre Vitasfratrum: “João era simples, humilde e sempre alegre, seguia a vida comum na alimentação e em tudo que se refere à vida da comunidade. Era irrepreensivelmente social... Servia com muito amor e caridade a todos os irmãos”.
Suas relíquias conservam-se na igreja de Santo Agostinho de Rieti. O Papa Gregório XVI confirmou-lhe o culto em 1832.
Oração:
Ó Deus, cujo Filho foi para nós exemplo de humildade e prometeu aos puros de coração ver a Deus; concedei a vossos servos, por intercessão do Beato João, vos servir fielmente com humildade e pureza de coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Santa Clara da Cruz de Montefalco, virgem | 17 de Agosto
Clara (Montefalco, Perúsia, viveu entre 1268 – 1308), aos seis anos de idade, entrou num beatério, fora dos muros da cidade, onde sua irmã Joana e outras companheiras levavam uma vida austera. Em 1290, aquele beatério foi erigido em mosteiro sob a Regra de Santo Agostinho. Clara emitiu então sua profissão religiosa, assumindo o nome de Clara da Cruz. Morta sua irmã Joana, aos 22 de novembro de 1291, sucedeu-lhe no cargo de abadessa, ocupando-o a partir de então até sua morte, ocorrida no dia 17 de agosto de 1308.
A espiritualidade de Santa Clara distingue-se pelo amor à Paixão de Cristo e pela devoção à Santa Cruz. No final de sua vida, afirmava ter no coração a cruz de Cristo. Após sua morte, conta-se, as irmãs quiseram confirmar a veracidade e o sentido daquelas palavras. Ao extraírem, pois, seu coração, acharam nele impressas as insígnias da Paixão de Cristo. Seu corpo é conservado com veneração na igreja das monjas agostinianas de Montefalco.
Oração:
Senhor, nosso Deus, que renovastes a vida de Santa Clara de Montefalco com a meditação da Paixão; concedei-nos seguir seu exemplo e renovar constantemente vossa imagem em nós. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Santo Ezequiel Moreno, bispo | 19 de Agosto
Ezequiel (Alfaro, La Rioja, Espanha, 9 de abril de 1848 – Monteagudo, Navarra, 19 de agosto de 1906), aos dezessete anos de idade, emitiu seus votos na Recoleção no dia 22 de setembro de 1865. Ordenou-se sacerdote em Manila (Filipinas) aos 3 de junho de 1871. Durante quinze anos, exerceu nas Filipinas o ministério pastoral imbuído de ardente zelo apostólico. A partir de 1888, dedicou sua multiforme atividade à Colômbia: restaurou a Província da Candelária e deu início ali a uma nova etapa missionária, tendo sido nomeado, em 1893, como primeiro Vigário Apostólico de Casanare e, mais tarde, em 1895, Bispo de Pasto. Foi grande devoto do Sagrado Coração de Jesus e mostrou sempre um intenso amor à Ordem.
Tendo regressado à Espanha, por causa de um tumor maligno, morreu, poucos meses depois, aos 19 de agosto de 1906, no mesmo convento de Monteagudo (Navarra), onde havia emitido seus votos e onde exercera, anos mais tarde, o ofício de prior. Foi beatificado pelo Papa Paulo VI, no dia 1º de novembro de 1975, e canonizado pelo Bem-aventurado João Paulo II, aos 11 de outubro de 1992, no contexto das celebrações do quinto centenário de evangelização da América.
Oração:
Nós vos agradecemos, Senhor, por conceder-nos em Santo Ezequiel um perfeito modelo de fidelidade ao Evangelho, um ardente operário de vossa Igreja e um Pastor segundo o coração de vosso Filho. Nós vos pedimos por sua intercessão, conceder-nos viver, com alegria, nosso testemunho cristão e imitar, sobretudo, seu ardente amor e sua total disponibilidade de serviço a Igreja e aos homens. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
São Liberato, São Bonifácio e Companheiros, mártires | 26 de Agosto
Entre os mosteiros africanos que nossa Ordem considerou fundamentalmente de inspiração e vida agostinianas, tem especial importância, em razão do martírio de seus religiosos, o de Gafsa, na atual Tunísia. Após o edito do rei Hunerico, em 484, mandando entregar os mosteiros e seus moradores aos mouros, os sete religiosos que compunham a comunidade de dito mosteiro foram presos. Tendo eles enfrentado provações muito duras, foram mortos, por fim, em Cartago, dando um grande exemplo de fortaleza na fé e de união fraterna. Eis os seus nomes: Liberato, superior do mosteiro, Bonifácio, diácono, Sérvio e Rústico, subdiáconos, Rogato, Sétimo e Máximo. A celebração de seu ofício foi concedida à Ordem aos 6 de junho de 1671.
Oração:
Senhor Deus, que nos santos mártires Liberato, Bonifácio e companheiros, fortalecidos com o poder do Espírito Santo, destes-nos um exemplo de coragem e união fraterna; concedei-nos, por sua intercessão, que, em meio às vicissitudes deste mundo, permaneçamos sempre fiéis a Cristo e vivamos na unidade do amor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Santa Mônica, mãe de Santo Agostinho | 27 de Agosto
Mônica (Tagaste, hoje Souk-Ahras, na Argélia, 331 ou 332 – Óstia Tiberina, 387) nasceu de uma família profundamente cristã e de boa posição social. Casou-se, ainda jovem, com Patrício, que ainda não era cristão. Graças à sua paciência e ao seu exemplo, leva Patrício a abraçar a fé e consegue, também, a conversão de Agostinho, seu “filho de tantas lágrimas”, em cujo batismo, exultante de alegria, esteve presente. Quando se preparava para voltar à África na companhia de Agostinho e seus companheiros, morre em Óstia Tiberina, porto marítimo de Roma, aos cinquenta e cinco anos de idade, durante o outono, mas certamente antes do dia 13 de novembro de 387. Cerca de duas semanas antes, mãe e filho tiveram a doce experiência do êxtase de Óstia. Suas relíquias são veneradas na igreja de Santo Agostinho, em Roma.
Oração:
Senhor, nosso Deus e nossa misericórdia, que cumulastes Santa Mônica com o carisma de reconciliar os homens entre si e convosco, concedei-nos ser mensageiros da paz e da unidade, dirigindo para vós os corações com o exemplo de nossa vida. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.
Nosso Pai Santo Agostinho, bispo e doutor da Igreja | 28 de Agosto
A vida de Santo Agostinho (354-430) transcorreu num tempo de crise e de transição. No dia 28 de agosto de 430, Hipona estava sitiada por exércitos vandálicos. Agostinho morria sentindo profundamente aquela dramática e dolorosa situação. Desde sua ordenação sacerdotal (391), mas sobretudo desde sua ordenação episcopal (395), identificara-se com a causa de Deus no serviço à Igreja. A promoção da unidade eclesial foi sua grande preocupação. Fundou comunidades religiosas para viverem em profundidade essa unidade e quis que elas fossem, assim, sinal e fermento de unidade. Depois de sua morte, na expressão de São Possídio, Agostinho permanece triunfalmente vivo nos livros que legou à posteridade. Suas relíquias conservam-se na igreja agostiniana de São Pedro in Ciel d'Oro, em Pavia.
Santo Agostinho é o pai do carisma da nossa Ordem e nosso inspirador na teologia, na espiritualidade e na vida de consagração religiosa.
Oração:
Senhor, despertai na vossa Igreja o espírito que animou nosso Pai Santo Agostinho, para que todos nós, sedentos da verdadeira sabedoria, não nos cansemos de vos procurar, fonte viva do amor eterno. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.